Quando tudo corre bem

No meio da tempestade Paulo Sérgio percebeu que necessitava despertar os seus jogadores, e de equilibrar a equipa, pelo que abdicou do seu habitual 4x2x3x1, fazendo entrar Zapater para o meio-campo, e sacrificando Salomão.

A equipa ficou menos exposta, mas também com menos armas para impor o seu jogo ofensivo, pelo que tivemos uma 1ª parte com os dois onzes encaixados, e sem grandes momentos de perigo junto às balizas.

Percebia-se a importância que teria o primeiro golo que ninguém se queria arriscar a sofrer, e que sorriu ao Sporting mesmo em cima do intervalo.

O Marítimo tentou reagir na 2ª parte, e quando Pedro Martins arriscou tudo passando a jogar com 4 homens na frente, o Sporting passou por um mau bocado, valendo-lhe então a grande exibição de Rui Patrício que com um punhado de enormes defesa segurou a vantagem, até à entrada de Torsiglieri, uma substituição que seguramente teria sido muito assobiada em Alvalade, mas que na verdade foi providencial.

O futebol tem destas coisas. Na semana passada quando Paulo Sérgio substituiu Maniche por Saleiro, já o génios que comentavam o jogo na TVI, estavam fartos de dizer que era necessário meter mais um avançado e que André Santos chegava e sobrava para segurar o meio campo num jogo com uma equipa como o Paços.

Mas na verdade com essa substituição o Sporting perdeu o controlo do jogo, e sofreu o terceiro golo quando Paulo Sérgio se preparava para reequilibrar a equipa com a entrada de Zapater, só que já foi tarde.

Ontem quase acontecia a mesma coisa, pois quando Torsiglieri aguardava uma interrupção para entrar em campo, Rui Patrício com mais uma defesa impossível negou o golo ao Marítimo o que fez toda a diferença, ainda por cima porque pouco depois surgiu o 2-0 que tornou fácil um jogo que estava muito complicado.

Às vezes um bocadito de sorte dá muito jeito, embora os grandes jogadores sejam fundamentais como se viu novamente ontem, mas também já chega de bolas aos ferros e coisas do género.

Para terminar tenho de voltar a bater na tecla das miseráveis realizações das transmissões dos jogos do Campeonato português, que continuam a insistir nas repetições atrás de repetições, muitas vezes com o jogo a decorrer e que ontem chegaram a cumulo de se dar esse tipo de destaque a um momento em que Liedson ajeitou a sua camisola para tapar a barriga que tinha ficado à mostra depois de um lance dividido. Sinceramente já não sei o que dizer, ou esta gente não faz a minima ideia do que é ver um jogo de futebol na TV, ou estão a gozar connosco.

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