Um justo prémio

Depois da excelente exibição da passada 5ª feira, Paulo Sérgio optou mexer apenas onde era inevitável, devolvendo a baliza ao nosso Rui Patrício, e substituindo o lesionado Polga por Nuno André Coelho, que também se viria a lesionar, permitindo a entrada de Torsiglieri, que desta vez deixou boas indicações.

Apesar disto a equipa fez uma 1ª parte muito fraquinha, onde nem sequer conseguiu assumir o comando do jogo, que nesse período foi dividido, pelo que acreditei que Paulo Sérgio iria arriscar um pouco mais na 2ª parte, com uma previsível troca de Abel por Vukcevic. Mas o técnico leonino resolveu não mexer, e o tempo viria dar-lhe razão.

Depois do intervalo a equipa entrou muito melhor, e o jogo passou a ter sentido único, mas mais duas lesões obrigaram a novas alterações na equipa, que viveu então um período de readaptação a um sistema para o qual parecia não os jogadores adequados em campo, ainda por cima com um Matias Fernandez limitado, pelo que parecia inevitavel mais um empate.

Foi então que a equipa foi buscar forças não se sabe aonde, e arrancou para uns 10 minutos finais de muito querer e com muito coração, e depois de três remates aos ferros lá surgiu o mais do que merecido golo, marcado pelo improvável Abel, pelo que as manifestações de grande alegria da parte dos jogadores, foram mais do que justificadas, pelo sentimento de alivio que se generalizou num Estádio, que já parecia conformado com esta falta de sorte que se abate sobre a equipa nos jogos do Campeonato.

Mais uma vez tenho de bater na tecla das realizações dos jogos em Portugal, que teimam em insistir nas repetições, quando o jogo está a decorrer, pelo que não conseguimos ver o golo em tempo útil, mas infelizmente parece que ninguém explica a estes senhores que nós queremos é ver o jogo, e que para as repetições há mais do que tempo, nas muitas paragens que estas equipas portuguesinhas provocam, com a complacência dos árbitros.

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