Reviravolta histórica

Com dois golos de desvantagem Paulo Sérgio tinha prometido uma equipa capaz de dar a volta ao resultado de Alvalade, sem entrar em desespero, nem permitir os contra golpes de um adversário que previsivelmente iria jogar na expectativa dos erros de quem tinha de arriscar mais.

No entanto os primeiros minutos do jogo contrariaram todas as previsões, e mostraram um Brondby disposto a surpreender o Sporting, com uma entrada muito forte, não deixando os Leões terem a bola, de tal forma que cheguei a pensar que talvez a nossa equipa não tivesse capacidade para pegar no jogo, nem estes dinamarqueses fossem tão fraquinhos como os pintavam.

Mas depois deste fôlego inicial do Brondby, o Sporting começou a empurrá-los para trás e a aproximar-se da baliza de Andersen, no entanto continuava a faltar esclarecimento junto da área dinamarquesa, onde Liedson lutava sozinho perante a desinspiração quase total dos seus companheiros do ataque, mas mesmo assim conseguiu marcar um golo, que foi o primeiro sinal de que era possível operar a reviravolta, mas que mais uma equipa de arbitragem à moda da UEFA, se encarregou de anular.

A eliminatoria parecia emperrada quando o Sporting conseguiu no momento certo chegar à vantagem na sequência de um livre, era ponto de viragem que faltava à equipa para acreditar e colocar sob pressão os dinamarqueses, conseguido com uma pontinha de sorte que tinha faltado em Lisboa.

A 2ª parte começou ainda com o Sporting a dominar, mas entre os 55m e os 65m o Brondby conseguiu assumir o comando do jogo, e por diversas vezes o empate esteve à vista, quando inexplicavelmente Paulo Sérgio tardava em mexer na equipa.

A saída de Postiga que passou completamente ao lado do jogo, era inevitável, e a entrada de Matias Fernandez foi decisiva, permitindo que Yannick pudesse jogar mais próximo de Liedson, e equilibrando as forças no meio campo, onde o chileno acrescentou a capacidade de ter a bola que até aí tinha faltado.

Seria no entanto num pontapé de longe com reduzidas probalidades de êxito, que o Sporting igualaria a eliminatória, num momento decisivo que deixou os dinamarqueses de rastos, e os obrigou a dar espaços, que permitiram ao Sporting fazer uma excelente ponta final e chegar ao merecido terceiro golo, que poderia até ter acontecido mais cedo, não fosse a aselhice de Matias Fernandez.

Este resultado foi muito importante em termos anímicos para a equipa, que assim escapou à ira dos adeptos mais impacientes do mundo, para não dizer outra coisa, e aos ataques cerrados da comunicação social vermelhusca, que continuamos a ter de aturar nas transmissões televisivas.
O Sporting desta vez foi feliz, marcando sempre nos momentos certos e escapando ao golo do empate no período melhor do Brondby, mas a verdade é que se limitou a demonstrar que é melhor do que esta equipa dinamarquesa, que em Alvalade tinha conseguido um resultado muito feliz, apesar da má exibição então protagonizada pelos Leões, que mesmo assim atiraram duas bolas aos ferros, e tiveram de defrontar uma arbitragem vergonhosa. Foi assim feita justiça e passou a melhor equipa.

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