Cristiano Ronaldo chegou ao topo muito cedo e ficará seguramente na história como um dos melhores jogadores do seu tempo, mas as suas ambições vão muito mais longe, ele sonha ficar na história do futebol mundial como um dos melhores jogadores de sempre, num patamar que só meia dúzia de eleitos conseguiram atingir. No entanto ele sabe que para chegar lá terá de brilhar ao mais alto nível, não só nas competições de clubes, mas também ao serviço da Selecção, principalmente em grandes torneios como os Campeonatos Mundiais e Europeus.
Depois de duas presenças muito prometedoras no Euro 2004 e no Mundial 2006, quando ainda era muito novo, seguiu-se um Europeu 2008 onde ele chegou lesionado, mas agora já com 24 anos e no topo do futebol europeu, as expectativas eram muito elevadas, pelo que os resultados acabaram por ser decepcionantes, daí que se perceba a enorme frustração que dele se apoderou no fim do jogo com a Espanha.
Foi então que ele não resistiu à tentação de dizer aquilo que sentia, mas que não devia ter dito, embora tenha toda a razão, pois a verdade é que uma selecção que tem um jogador como ele, tem de ser montada à sua volta, para poder potenciar ao máximo esse grande trunfo, não se devendo reduzir a um futebolzinho medroso, e depois ficar à espera que ele resolva o resto praticamente sozinho, nas poucas vezes que a bola lhe chega.
De qualquer forma e apesar das condicionantes resultantes do sistema de jogo imposto por Queirós, a um jogador como Ronaldo é legitimo que se peça um pouco mais daquilo que ele foi capaz de dar na África do Sul, pelo que não lhe teria ficado mal assumir as suas responsabilidades nessa matéria, dando a cara e o peito pela equipa de que é o “capitão”, embora também se possa compreender que ele já começa a estar farto de levar na cabeça, no entanto agindo da maneira que agiu acabou por se pôr a jeito.
Seguiu-se então um lamentável festival de tiro ao boneco, onde raros foram os que destoaram de um coro que exigia o apedrejamento público de Cristiano Ronaldo, ouvindo-se de tudo um pouco, desde de a simples exigência de que lhe seja retirada a braçadeira, até à mais radical ideia de ele não deverá voltar a ser convocado, tudo porque resolveu dizer aquilo que sentia fugindo ás banalidades do politicamente correcto.
Mas na verdade os problemas de Ronaldo em Portugal são muito mais profundos, pois ele teve o azar de nascer num país pequenino e cheio de gente mesquinha e invejosa, que lida muito mal com o sucesso dos outros, não perdendo nenhuma oportunidade, por mais pequena que seja, para arrasar quem consegue sair da nossa habitual mediocridade e tem ambição para ganhar, e esse é sem dúvida o maior pecado do CR, a sua insaciável vontade de ser o melhor.
Para além disso e como estamos a falar de futebol, Ronaldo tem outro factor contra ele, que é o facto de não ter nenhuma ligação ao Benfica, o que só por si lhe poderia garantir uma imprensa amiga e protectora, assim, sendo um emblema da formação do Sporting, isso incomoda que se farta, bastando ver a forma como os “nossos” jornalistas se referiam, mesmo que indirectamente, ao facto dele ter sido considerado por três vezes pelos adeptos o homem do jogo, para se perceber que eles estavam ansiosos para começarem a cascar.
Ronaldo não jogou nada neste Mundial e não soube lidar com esse fracasso, mas em vez de desatarem a bater nele talvez fosse mais interessante tentarem perceber as razões pelas quais o rendimento dele na Selecção continua muito abaixo daquilo que se viu em Manchester, ou do que agora se vê em Madrid, porque realmente é muito triste ter um jogador destes e não tirar dividendos disso.
Não sei se a camisola de Portugal é muito pequena para Ronaldo, mas a equipinha que esteve na África do Sul é, pois a jogar daquela maneira só por milagre é que se pode ganhar, e para nosso desconsolo o único milagre desses de que eu me lembro aconteceu precisamente em Portugal, mas foi obra dos deuses gregos e ficará na mitologia do futebol como algo de verdadeiramente incrível que tão cedo não se vai repetir.
Depois de duas presenças muito prometedoras no Euro 2004 e no Mundial 2006, quando ainda era muito novo, seguiu-se um Europeu 2008 onde ele chegou lesionado, mas agora já com 24 anos e no topo do futebol europeu, as expectativas eram muito elevadas, pelo que os resultados acabaram por ser decepcionantes, daí que se perceba a enorme frustração que dele se apoderou no fim do jogo com a Espanha.
Foi então que ele não resistiu à tentação de dizer aquilo que sentia, mas que não devia ter dito, embora tenha toda a razão, pois a verdade é que uma selecção que tem um jogador como ele, tem de ser montada à sua volta, para poder potenciar ao máximo esse grande trunfo, não se devendo reduzir a um futebolzinho medroso, e depois ficar à espera que ele resolva o resto praticamente sozinho, nas poucas vezes que a bola lhe chega.
De qualquer forma e apesar das condicionantes resultantes do sistema de jogo imposto por Queirós, a um jogador como Ronaldo é legitimo que se peça um pouco mais daquilo que ele foi capaz de dar na África do Sul, pelo que não lhe teria ficado mal assumir as suas responsabilidades nessa matéria, dando a cara e o peito pela equipa de que é o “capitão”, embora também se possa compreender que ele já começa a estar farto de levar na cabeça, no entanto agindo da maneira que agiu acabou por se pôr a jeito.
Seguiu-se então um lamentável festival de tiro ao boneco, onde raros foram os que destoaram de um coro que exigia o apedrejamento público de Cristiano Ronaldo, ouvindo-se de tudo um pouco, desde de a simples exigência de que lhe seja retirada a braçadeira, até à mais radical ideia de ele não deverá voltar a ser convocado, tudo porque resolveu dizer aquilo que sentia fugindo ás banalidades do politicamente correcto.
Mas na verdade os problemas de Ronaldo em Portugal são muito mais profundos, pois ele teve o azar de nascer num país pequenino e cheio de gente mesquinha e invejosa, que lida muito mal com o sucesso dos outros, não perdendo nenhuma oportunidade, por mais pequena que seja, para arrasar quem consegue sair da nossa habitual mediocridade e tem ambição para ganhar, e esse é sem dúvida o maior pecado do CR, a sua insaciável vontade de ser o melhor.
Para além disso e como estamos a falar de futebol, Ronaldo tem outro factor contra ele, que é o facto de não ter nenhuma ligação ao Benfica, o que só por si lhe poderia garantir uma imprensa amiga e protectora, assim, sendo um emblema da formação do Sporting, isso incomoda que se farta, bastando ver a forma como os “nossos” jornalistas se referiam, mesmo que indirectamente, ao facto dele ter sido considerado por três vezes pelos adeptos o homem do jogo, para se perceber que eles estavam ansiosos para começarem a cascar.
Ronaldo não jogou nada neste Mundial e não soube lidar com esse fracasso, mas em vez de desatarem a bater nele talvez fosse mais interessante tentarem perceber as razões pelas quais o rendimento dele na Selecção continua muito abaixo daquilo que se viu em Manchester, ou do que agora se vê em Madrid, porque realmente é muito triste ter um jogador destes e não tirar dividendos disso.
Não sei se a camisola de Portugal é muito pequena para Ronaldo, mas a equipinha que esteve na África do Sul é, pois a jogar daquela maneira só por milagre é que se pode ganhar, e para nosso desconsolo o único milagre desses de que eu me lembro aconteceu precisamente em Portugal, mas foi obra dos deuses gregos e ficará na mitologia do futebol como algo de verdadeiramente incrível que tão cedo não se vai repetir.
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