Afinal não havia acordo nenhum

Há algumas semanas atrás o jornal Record anunciou que André Vilas Boas seria o treinador do Sporting na próxima época, pois estava feito o acordo entre ele e o Presidente José Eduardo Bettencourt.

Poucos dias depois era O Jogo que batia na mesma tecla e acrecentava o pormenor de uma clausula que previa uma compensação no valor de um milhão €, a pagar pela parte que quebrasse o acordo.

Os rumores intensificaram-se depois do anuncio de que o Sporting não iria accionar a clausula de opção para a época de 2010/11, constante no contrato com Carlos Carvalhal, e o treinador da Académica manifestou algum desconforto e desagrado pelo cerco dos jornalistas, de tal forma que o Director do Record resolveu sair em defesa dos seus subordinados, apelidando Vilas Boas de "Andrezito".

Perante tanto ruído a CMVM exigiu explicações à SAD e a resposta foi taxativa: André Vilas Boas não será o próximo treinador do Sporting.

Mas mesmo assim não desarmaram os jornalistas, e agora surgem as explicações sobre as razões que levaram ao romper do tal pretenso acordo, que já são quase tantas quantos os nomes descobertos para a sucessão de Vilas Boas como o próximo treinador do Sporting, e que vão desde a vontade de Costinha em apostar num treinador mais experiente, até ao inevitável dedo de Pinto da Costa.

Só há uma coisa que eu ainda não percebi: Se o Sporting já assumiu que Carvalhal não continua, se já havia um acordo com Vilas Boas com clausulas e tudo, se as situações da Académica e do Sporting no Campeonato já estão praticamente definidas, então porque é que perante a intervenção da CMVM o acordo não foi assumido publicamente, colocando-se assim um ponto final numa questão que não interessava prolongar?

Só me ocorre uma resposta: Não havia acordo nenhum! O que não quer dizer que Vilas Boas não fosse um dos nomes em cima da mesa, que simplesmente foi descartado mais cedo devido a esta ânsia dos jornalistas em mostrarem que sabem de tudo, quando afinal trabalham com base em fontes pouco seguras e muito especulativas, embora depois não sejam capazes de assumirem que erraram.

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