Podia ter sido pior

Carlos Carvalhal apostou em Pereirinha para substituir Yannick, provavelmente a pensar na velocidade e na capacidade táctica daquele jogador, que lhe permitiam não mexer muito no seu 4x2x3x1, que se assentava muito bem nas carateristicas deste jogo.

De facto contra um Atlético de Madrid a jogar numa espécie de 4x2x4, o Sporting começou por ganhar o meio-campo, e assim apenas a grande capacidade individual dos avançados madrilenos poderia criar problemas aos Leões, que chegaram mesmo a atirar uma bola à barra, pelo inevitável Liedson.

E de facto apenas uma grande jogada individual Aguero fez tremer Rui Patrício, até que Reyes pôs o imprudente Grimi na rua, obrigando o Sporting a recuar, passando então a jogar num 4x4x1, com Liedson completamente desamparado na frente. Mas a equipa conseguiu aguentar até ao intervalo sem grandes sobressaltos.

Na 2ª parte foi resistir e nem sequer foi muito difícil, apesar da chuva de cartões e da dualidade de critérios do árbitro, que obrigou Carvalhal a meter Pedro Silva, o que dada a falta de ritmo do brasileiro, poderia ser um risco, mas a falta de perspicácia de Quique Flores, que resolveu mudar Reyes para o lado contrário, e manteve os seus quatro defesas até ao fim, facilitou a vida a um Sporting muito organizado e esforçado.

Atendendo às circunstâncias o zero zero é um resultado positivo, mas em Alvalade é preciso não esquecer a questão dos golos fora, pelo que não se podem dar baldas aos quatro perigosos avançados madrilenos, que sozinhos podem resolver uma eliminatória, como aliás recentemente aconteceu na Turquia.

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