O jogo dos improváveis

Sem os três titulares do seu meio-campo ofensivo, Carvalhal resolveu inovar optando por um 4x4x2 com dois alas e dois médios defensivos, e desta forma o que sobrou de anarquia táctica resultante da ausência de rotinas da equipa neste sistema, faltava em criatividade.

Apesar de tudo o Sporting teve um ligeiro ascendente territorial na 1ª parte, até que na sequência de um canto na área do Marítimo, surgiu o golo na baliza do outro lado. Respondeu o Sporting com um golo de João Pereira que apareceu na improvável zona dos pontas de lança, a finalizar um cruzamento do ala esquerdo que na altura actuava à direita. E julgo que está tudo dito sobre a forma descontrolada como a equipa jogou.

Ao intervalo Carvalhal fez uma alteração que parecia óbvia, pois com a entrada de Matias Fernandez previa-se que o Sporting pudesse ter mais talento e objectividade, enquanto Adrien garantia a cobertura necessária às previsíveis subidas do novo lateral direito.

Mas como o futebol não é matemática esta alteração não resultou, e foi o Marítimo que passou a mandar no jogo.

Carvalhal quis ganhar o jogo e apostou em Pereirinha para dar mais profundidade à equipa, parecia óbvio, mas não resultou, e depois resolveu finalmente substituir um Saleiro que teve uma actuação tão fraca, que só não se percebeu como é que ficou em campo até aos 77m. Mas que há dias assim, pois pior do que jogar com menos um, é meter um avançado para este fazer um autogolo. É preciso ter galo.

Mas se Carvalhal não acertava uma, do outro lado Var der Gaag acertava em cheio, pois Pitbull entrou e matou o jogo, de nada valendo um penalti à medida da redenção de Pongolle que finalmente se estreou a marcar na baliza certa, também só faltava ele ter falhado a conversão da grande penalidade.

Enfim com este derrota está reaberta a questão do 4º lugar, quando já todos suspiramos pelo fim desta época penosa.

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