Adeus Carvalhal

Está oficialmente confirmado aquilo que já se sabia praticamente desde o momento em que Carlos Carvalhal foi contratado pelo Sporting, ou seja ele era apenas um treinador a prazo, com a ingrata missão de levar a equipa até ao final de uma temporada que já estava arruinada.

Apesar de tudo Carvalhal não podia perder esta oportunidade de trabalhar num Clube grande, onde deixa uma imagem de homem serio e trabalhador, a quem não se podia exigir muito mais, até porque lhe rebentaram algumas minas nos pés, e em momentos bem ingratos.

Ele fez aquilo que era possível, tentou deixar a sua marca mudando o sistema de jogo, e encontrou dois modelos que funcionaram razoavelmente bem, melhorando a qualidade do futebol apresentado, mas falhou em vários momentos chave, especialmente nas duas Taças, que eram o que restava a esta equipa para salvar a época, e que acabaram de uma forma humilhante.

Na Liga Europa cumpriu o objectivo de passar uma eliminatória, e com um pouco de sorte poderia ter chegado aos quartos de final, enquanto no campeonato manteve um registo de grande irregularidade, de tal forma que o 4º lugar mínimo obrigatório ainda não está garantido.

Ou seja, em quatro cadeiras, chumbou claramente em duas, passou sem brilhantismo noutra, e ainda luta por um suficiente na última, o que evidentemente não lhe permite ser aprovado num exame que só superaria com notas muito altas.

Restam-lhe seis jogos e um mês e meio de trabalho, que ele e os jogadores do Sporting terão de cumprir com dignidade, até à hora da despedida deste treinador, que merece o respeito e uma palavra simpática dos sportinguistas.

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