Uma entrada fatal

O jogo desta noite ficou marcado pela entrada imprudente de João Pereira sobre Ramires, punida de pronto com rigor por um árbitro que de rigoroso tem muito pouco, mas que desta vez não perdoou. Era aquilo que se costuma chamar uma entrada para um amarelo alaranjado que acabou por deixar o Sporting reduzido a dez jogadores e a perder por 1-0.

A partir daí a questão que se punha era se o Sporting conseguiria evitar uma nova humilhação, e as primeiras indicações não foram as melhores pelo que o segundo golo surgiu sem surpresa e temeu-se o pior.

Reagiu bem Liedson colocando alguma pressão sobre o adversário e puxando pelos colegas e pelas bancadas, que acicatadas pela presença dos benfiquistas desta vez não fizeram figuras tristes.

O jogo ficou então novamente equilibrado, mas o Benfica é muito forte nas bolas paradas e joga deliberadamente para elas com a cobertura dos árbitros, e depois encurta os espaços com uma defesa muito subida que conta com um libero de bandeirinha sempre levantada que corta tudo o que mexe, e assim de um possível 2-2 chegamos ao 1-3.

O quarto golo foi apenas um castigo demasiado severo para uma equipa que pelo menos lutou, mas que ficou mais uma vez arrumada de uma competição que já de si era apenas um rebuçado.

Para Carvalhal terá sido a machadada final, resta-lhe segurar o 4º lugar e tentar evitar novas humilhações na Europa, mas o cenário não é muito animador e o seu contrato a prazo não vai passar disso mesmo.

No final do jogo Salema Garção partiu a loiça, compreende-se mas não serve de nada. A equipa do Sporting é claramente mais fraca do que as rivais, e hoje o Benfica até se deu ao luxo de descansar alguns titulares, e nos bastidores o nosso peso equivale a zero quando comparado com o dos outros, que não olham a meios para chegarem ás vitórias numa guerra desenfreada.

Milagres como o que o Braga está a protagonizar esta época e alguns que Paulo Bento conseguiu nos anos anteriores, acontecem mas dificilmente serão suficientes, e as promessas de grandes mudanças não me animam particularmente, até porque como se costuma dizer eles levam dezenas de anos de experiência de avanço e nós não há maneira de aprendemos com os erros, mas isso é assunto que agora fica para outra altura.

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