Podia ter sido pior

Após jogo de Paços de Ferreira eu tinha escrito aqui que a estratégia de Carlos Carvalhal para Liverpool era uma verdadeira incógnita, uma vez que depois dele aparentemente ter assentado a equipa num 4x1x3x2, tinha voltado às experiências mal sucedidas com o 4x3x3, e em ultimo recurso ao losango.

Assim hoje ele resolveu apostar num 4x1x4x1 pressuponho que com a ideia de tentar controlar o jogo no meio-campo, o que à primeira vista não seria descabido, principalmente atendendo aos baixos níveis de confiança desta equipa, que não permitiam que se arriscasse muito.

No entanto a verdade é que deixar Liedson sozinho no meio de dois matulões, é a mesma coisa que abdicar do ataque, e do melhor jogador da equipa. Assim tivemos um Sporting a jogar à pequenina portuguesa, ou seja, para o zero zero e à espera que caísse do céu um golinho.

Às vezes dá certo, mas desta vez só resultou meia-hora, altura em que há que dar mérito à excelente jogada de envolvimento do Everton, que chegou ao golo que procurava, embora sem que se pudesse dizer que estava a exercer uma grande pressão sobre a baliza de Rui Patrício.

Temeu-se o pior, mas a equipa até reagiu bem sob a batuta de Izmailov, e esteve perto do empate. Talvez por isso Carvalhal resolveu não mexer ao intervalo, mas se a perder por um, se exigiam alterações, não se percebe porque é que elas demoraram tanto quando o 2-0 apareceu logo a abrir a 2ª parte, num lance precedido de uma falta clarissima, que nem com três árbitros em cima da jogada foi assinalada, o que só confirma que esta coisa dos fiscais de baliza não serve para nada.

Decorriam 66 minutos quando Carvalhal resolveu finalmente fazer alterações, passando a jogar num claro 4x4x2 bem aberto nas alas, e o Sporting passou então a atacar mais, embora não se possa dizer que o domínio fosse intenso. De resto o golo só apareceu devido a um erro primário do central do Everton, que Liedson aproveitou para ganhar um penalti, que vá lá desta vez não escapou ás vistas do árbitro, e que Veloso transformou com muita calma.

Estava feito assim o 2-1 final que deixa tudo em aberto para o jogo de Alvalade, mas a verdade é que a estratégia à pequenino de Carvalhal esteve quase a dar para o torto. Esperemos que ele tire as devidas ilações deste jogo, e não volte a deixar o pobre Liedson desamparado na frente.

Segue-se mais uma semana intensa, com uma visita a Olhão e o jogo da 2ª mão com o Everton, dois balões que se não forem rebentados, poderão dar o oxigénio de que esta equipa tanto precisa para chegar ao fim da época com a tranquilidade de que já tenho tantas saudades.

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