A melhor exibição da época

Hoje Carvalhal lançou o onze previsível, mas ao contrário do que se esperava voltou ao 4x2x3x1 desdobrável em 4x3x3, o que dá uma maior segurança no meio-campo, mas deixa Liedson muito sozinho, principalmente quando dos três homens que jogam mais perto dele, apenas um tem caracteristicas para aparecer na área.

Apesar disso tivemos um bom Sporting na 1ª parte, até porque o Everton veio para segurar o resultado, adoptando a mesma estratégia que o seu adversário tinha usado em Liverpool, com a simples diferença de que o Sporting não aproveitou as poucas oportunidades que teve, ao contrario do que os ingleses tinham feito no jogo da 1ª mão.

Com uma hora de jogo decorrida Carvalhal resolveu arriscar um pouco, colocando Saleiro ao lado de Liedson, por troca com um dos médios defensivos, na circunstância Veloso, que passou para o lado esquerdo da defesa. Os efeitos desta inteligente substituição foram quase imediatos, com o golo a nascer precisamente de uma jogada entre Saleiro e Veloso.

Em vantagem na eliminatória o Sporting não se desuniu, apesar de evidenciar algumas dificuldades quando os ingleses despejavam ao bola na área, mas diga-se que o futebol deles também nunca passou daí, e com os espaços a aumentarem, os Leões souberam aproveitá-los, arrumando a eliminatória com mais dois golos inteiramente merecidos.

Talvez tenha sido a melhor exibição da época, onde apenas Liedson esteve abaixo do que lhe é habitual, embora tenha a atenuante de ter jogado sozinho no meio de dois matulões. De resto até Grimi e Abel estiveram em bom plano, enquanto Pedro Mendes continua a subir de forma e veio dar outra solidez e clarividencia ao meio campo leonino, donde será um crime deixar sair um jogador como Izmailov.

Finalmente uma palavra para Yannick que voltou e justificar a titularidade, só é pena que tecnicamente tenha algumas deficiências, porque com aquela velocidade poderia ser um grande jogador se controlasse melhor a bola, e soubesse definir as jogadas com outra precisão.

Segue-se o Porto, num jogo com menor carga de responsabilidade, mas maior grau de dificuldade, e que seguramente será muito complicado. Resta saber como é que Carvalhal e os jogadores o vão encarar.

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