Um jogo chinês

Carlos Carvalhal aproveitou o jogo da Taça para descansar alguns jogadores e dar uma oportunidade a outros que tem jogado menos, o que é perfeitamente compreensível, e pode-se dizer que a equipa respondeu bem, resolvendo a eliminatória ainda antes do intervalo, e selando a passagem aos quartos de final logo no principio da 2ª parte, numa altura em que tudo parecia encaminhado para a goleada.

No entanto tal como tinha acontecido no jogo com o Nacional, a equipa desligou os motores antes do tempo, e um lance fortuito misturado com um dia de grande inspiração de um chinês endiabrado, deu ao marcador final um ar de equilíbrio, que não corresponde ao que se viu em campo.

No que diz respeito aos jogadores que tiveram a sua oportunidade, eu diria que Yannick foi aquele que melhor respondeu, embora Matias Fernandez tenha deixado algumas marcas do seu futebol de grande qualidade técnica, mas muito intermitente. No extremo oposto esteve Vukcevic, que usou e abusou do seu conhecido individualismo, o que não ajudou a equipa nem o beneficiou a ele.

De resto parece-me que há dois jovens jogadores, que por acaso até marcaram, mas que devem ser chamados à atenção, pois não podem pensar que já tem o seu lugar garantido na equipa. É preciso que percebam que é necessário manter a concentração e a lutar sempre, porque há alternativas no banco. Refiro-me a Carriço e Saleiro, cujas ultimas actuações me pareceram abaixo daquelas que os levaram à condição de titulares.

Infelizmente as conclusões que se poderiam tirar deste jogo foram abafadas pelos tristes acontecimentos ocorridos no fim do mesmo, pelo que apenas restou a passagem aos quartos de final da Taça, o que afinal era o grande objectivo.

Comentários