Os silêncios e as palavras do Presidente

Um dos princípios defendidos por José Eduardo Bettencourt desde que chegou à Presidência do Sporting foi o da defesa do “negócio futebol”, adoptando uma postura conciliadora e um discurso cauteloso, ao ponto de colocar uma pedra sobre as desavenças com o Nacional da Madeira, e pior do que isso, engolir em seco a vergonhosa decisão da CD da FPF no caso do campeonato de juniores. Ou seja se já antes o Sporting frequentemente assumia o papel de bom samaritano na selva do futebol português, agora colocou-se numa posição de anjinho, mesmo a jeito para ser devorado pelos tubarões da bola tuga, continuando o pobre do Paulo Bento a berrar quase sozinho contra as injustiças de que é vitima.

Por tudo isto sinceramente não percebi as recentes declarações do nosso Presidente sobre o Fundo de Jogadores do Benfica, um assunto que não deveria preocupá-lo, pelo que não estou a ver o alcance dessa intervenção, que até dá a entender que ele está a tentar desviar as atenções dos problemas do nosso Clube, que passam pela crise profunda do futebol, sem esquecer a importante Assembleia Geral que se aproxima e onde Bettencourt vai tentar aprovar aquilo que Franco nunca conseguiu, numa altura nada favorável.

Nunca fui entusiasta deste programa de reestruturação financeira mas esta Direcção tem toda a legitimidade para o levar a cabo pelo que apesar de tudo acredito que os sócios vão desbloquear esta situação, que no entanto na minha opinião, tal como uma hipotética substituição do treinador, não irá adiantar grande coisa, mas o pior é que se calhar nesta altura não há grandes alternativas, portanto resta-nos esperar para ver o que o sócioa e Bettencourt vão fazer.

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