Desta vez não foi o Liedson

A época avança e o Sporting teima em repetir os mesmos erros de sempre, dando avanço aos seus adversários, acabando por ser obrigado a esforços redobrados, e a um grande desgaste para recuperar das sucessivas desvantagens em que se deixa cair.

Uma grande falta de agressividade e muita passividade nos movimentos defensivos, permitem às equipas adversárias movimentarem-se à vontade nas proximidades da área leonina, e depois quando a bola sobrevoa as redondezas da nossa baliza, é um susto permanente.

Ontem a reviravolta só foi possível devido à imaturidade do Olhanense, que depois de ter aproveitado os espaços e as baldas dadas pelo Sporting, mostrou não ser capaz de defender mais atrás, nem de gerir a vantagem de dois golos cedo conquistada.

Diga-se que o Sporting também reagiu bem, e em termos de ataque foi sempre perigoso, mesmo que Liedson não tenha estado nos seus dias, e assim os golos acabaram por surgir com naturalidade, mas convém mudar o rumo rapidamente, para não se repetirem "bragas".

Continuo a acreditar que Tonel poderia ajudar a resolver alguns problemas no jogo aéreo, mas é também necessário que o meio campo pressione mais, e que os laterais dêem menos espaço. Abel nessa matéria é um desastre, embora ontem tenha estado muito bem nas acções de apoio ao ataque, o mesmo não se podendo dizer de Caneira, pelo que a passagem de Veloso para a esquerda acabou por ser positiva, numa altura em que o Olhanense já saia pouco para o contra-ataque, pelo que Moutinho foi mais do que suficiente para segurar o nosso meio-campo.

Diga.se ainda que Veloso é muito bom nas transições da defesa para o ataque, mas falta-lhe agressividade na recuperação da bola, que é uma tarefa primordial na posição de trinco, uma matéria que ele terá de melhorar muito se quiser ir mais longe, e principalmente fazer o seu papel neste Sporting.

No ataque a entrada de Caicedo foi decisiva, até porque Postiga continua a ser um jogador demasiado displicente para o meu gosto. Já Yannick e Matias Fernandez continuam a denotar as mesmas dificuldades. O primeiro na definição dos lances, o segundo na forma como se esconde desaparecendo muitas vezes do jogo, mesmo assim acrescentaram velocidade e criatividade à equipa.

Como não poderia deixar de ser a arbitragem deixou a sua marca no jogo. Este Costa tem a mesma escola do irmão, e quando se é incompetente não há nada a fazer. Infelizmente a vitória do Sporting ficou manchada por uma decisão errada deste artista, que quiçá de consciência pesada, na dúvida decidiu marcar um penalti que não existiu. E assim vamos ter que levar com a história desta "ajuda", até à exaustão.

Pior mesmo só ter de aturar os gritos esganiçados do narrador de serviço na Sport TV e os seus comentários despropositados. Para quando a opção de vermos os jogos só com o som ambiente?

Comentários