Como nos bons velhos tempos

Estão de volta os saudosos velhos tempos. O Sporting jogou bem, podia ter ganho, mas o fatalismo e a arbitragem abateram-se novamente sobre a equipa, só faltou mesmo a derrota, se bem que este empate tem o amargo sabor dos resultados negativos.

Num jogo em que não podia falhar, Paulo Bento preferiu não correr riscos e apresentou o onze mais ou menos previsível, dentro daquilo que tem sido o percurso desta equipa.

O Sporting entrou no jogo com grande intensidade, tentando chegar rapidamente ao golo, e embora ainda sem Liedson e com um Matias Fernandez que demorou muito a aparecer, conseguiu dar uma imagem mais próxima daquilo que todos os sportinguistas esperam da equipa, mas bastou um erro defensivo para que os italianos, eficazes como sempre, se adiantassem no marcador.

A perder os leões não se deixaram abater e continuaram a lutar perante uma equipa que se defendia bem, tentando sempre sair no contra-ataque e apesar do intervalo ter chegado sem alterações no marcador, Paulo Bento não sentiu necessidade de fazer substituições, pois Liedson é o Liedson e Matias Fernandez estava a começar a pegar no jogo.

A 2ª parte começou na mesma toada, e o golo do empate aconteceu com naturalidade, mas infelizmente Vukcevic voltou a ter uma daquelas atitudes inexplicáveis, e deixou a equipa com menos um elemento, que na verdade eram menos dois, pois o arbitro nunca escondeu as suas tendencias "violas".

Com um igual o jogo entrou na sua fase mais espectacular, em que se percebeu que qualquer uma das equipas poderia marcar, mas foi Veloso quem desfez o empate, com um grande golo. e pouco depois Liedson voltou a não dizer presente, desperdiçando uma oportunidade flagrante, coisa que Gillardino não faria, empatando o jogo perante a passividade de Polga.

Até ao fim foi Fiorentina a estar mais perto da vitória valendo Rui Patrício para evitar o pior, mas o Sporting parte para Itália em desvantagem e com uma missão bastante complicada,

De positivo ficou a exibição global da equipa, a melhor da temporada à qual apenas faltou um Liedson ao seu nível habitual.

De negativo o disparate de Vukcevic e os erros do costume, com Pedro Silva e outra vez Polga a serem os réus de serviço, o que me leva a insistir na urgência da entrada de Tonel para o lado de Carriço, e na inevitabilidade da aposta em Pereirinha como lateral direito.

O pior de tudo foi mesmo a vergonhosa arbitragem claramente tendenciosa, que penalizou uma agressão a Liedson com um amarelo, que também serviu para punir Vukcevic, um momento que deveria ter deixado os italianos com dez jogadores e que acabou por contribuir para que acontecesse o contrário, de resto a benevolência para com a Fiorentina repetiu-se pouco depois, e a dualidade de critérios foi evidente durante todo o jogo.

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