O único momento em que Dias da Cunha e Soares Franco estiveram em sintonia no recente debate realizado na SIC, aconteceu quando o primeiro se referiu às pessoas que o insultavam na altura em que ele era o Presidente do Sporting, o que o segundo aproveitou para dizer que eram as mesmas que agora o tinham como alvo.
Já no Congresso Leonino José Eduardo Bettencourt tinha atirado:
O que motivará então esta gente a concorrer à Presidência do Sporting Clube de Portugal? Paixão e ânsia de protagonismo serão as respostas mais óbvias, mas ninguém duvide que é preciso muito estômago para aguentar a irracionalidade dos adeptos da bola, que na sua generalidade exigem muito e dão pouco.
Ao longo dos anos tenho assistido a uma crescente falta de respeito da parte dos sócios e adeptos para com aqueles que dedicam uma parte das suas vidas ao Sporting e que ultimamente atingiu proporções nunca antes vistas, com o alimentar de ódios de um grupo que mais do que soluções procura culpados para imolar, dividindo os sportinguistas entre os bons e os maus, ou os iluminados e os carneiros.
Chegamos a um ponto que me parece que uma vez que Soares Franco não está disposto a levar o seu projecto a eleições, e que nenhum dos pesos pesados desta Direcção está disponível para a sucessão, seria melhor que abrissem o caminho ao aparecimento de outras vias, e a uma pacificação do Clube, mesmo que se saiba que haverá sempre gente sequiosa de sangue, porque essa é também uma forma de ser e estar tipicamente "tuga", brilhantemente definida pelos romanos há alguns séculos atrás, quando se referiram aos lusitanos como "um estranho povo que não se governa nem se deixa governar"
Já no Congresso Leonino José Eduardo Bettencourt tinha atirado:
Sinceramente, do fundo do coração, tenho pena de não poder corresponder a este desafio, tenho pena de não poder ser eu a congregar este clã, que é fantástico. Se eu pudesse candidatar-me, teria de pensar nas vezes que levei com pedras, nas vezes em que tive facas apontadas à barriga a proteger os meus filhos atrás, as vezes que andei a contar dinheiro para ver se podia pagar ao final do mês. As pessoas também têm de pensar nisso na hora da tomada de decisões. Estou a pensar no Sporting ao dizer isto, gostava que fossem criadas condições para que as pessoas pudessem tomar decisões sérias. Porque hoje em dia nem toda a gente está para aturar certas coisas ...... Sentia que se alguma vez estivesse estado com essa possibilidade passaria sete noites sem dormir e a rebolar-me na cama. Porque isto não é para qualquer um. E quando ouço falar em certos nomes, sinceramente com todo o respeito, acho que preferia ser inconsciente. Porque os inconscientes abraçam tudo e as pessoas com algum sentido de responsabilidade pensam um bocadinho mais nas coisas. Portanto, eu gostava que houvesse menos nomes, e que houvesse pessoas a fazer melhor as continhas, a pensar melhor nas propostas antes de as fazer, porque isto quando se pensa ser alternativa é uma coisa, mandar bocas é outra.Mais recentemente Soares Franco justificava assim o facto de não se recandidatar:
..... fui sistematicamente ofendido, insultado e maltratado, o que provocaE se recuarmos alguns anos chegaremos ao tempo em que José Roquete pagou do seu bolso para que Santana Lopes desse a cara pelo seu "Projecto", pois não estava para aturar certas coisas, e quando teve de assumir a Presidência não aguentou muito tempo, batendo com a porta depois dos habituais apertos que se seguem aos resultados menos bons.
saturação. Estou saturado de ser maltratado por pessoas a quem eu não reconheço
capacidade para o fazerem porque dediquei todo o meu amor a esta causa durante
quase quatro anos. Se mais e melhor não fiz foi porque não sabia. Quem dá o que
tem não merece o insulto e a ingratidão
O que motivará então esta gente a concorrer à Presidência do Sporting Clube de Portugal? Paixão e ânsia de protagonismo serão as respostas mais óbvias, mas ninguém duvide que é preciso muito estômago para aguentar a irracionalidade dos adeptos da bola, que na sua generalidade exigem muito e dão pouco.
Ao longo dos anos tenho assistido a uma crescente falta de respeito da parte dos sócios e adeptos para com aqueles que dedicam uma parte das suas vidas ao Sporting e que ultimamente atingiu proporções nunca antes vistas, com o alimentar de ódios de um grupo que mais do que soluções procura culpados para imolar, dividindo os sportinguistas entre os bons e os maus, ou os iluminados e os carneiros.
Chegamos a um ponto que me parece que uma vez que Soares Franco não está disposto a levar o seu projecto a eleições, e que nenhum dos pesos pesados desta Direcção está disponível para a sucessão, seria melhor que abrissem o caminho ao aparecimento de outras vias, e a uma pacificação do Clube, mesmo que se saiba que haverá sempre gente sequiosa de sangue, porque essa é também uma forma de ser e estar tipicamente "tuga", brilhantemente definida pelos romanos há alguns séculos atrás, quando se referiram aos lusitanos como "um estranho povo que não se governa nem se deixa governar"
Comentários
Enviar um comentário