Já estive a ler as 132 recomendações aprovadas no VIII Congresso Leonino e confesso que fiquei um pouco decepcionado com a quase total ausência de ideias novas e com a falta de outras que me parecem fundamentais, principalmente numa altura em que há tanta gente a criticar. No entanto não tive acesso às 60 recomendações que não foram aceites pelos congressistas, onde poderá haver coisas interessantes.
Na secção "Modelo de sustentabilidade Financeira" foi aprovada a hipótese de alienação de parte do capital social da SAD que merece ser muito bem ponderada e esclarecida. De resto a racionalização dos custos e o aumento das receitas, são os caminhos óbvios apontados, sendo que no primeiro caso penso que se ainda há alguma coisa a fazer será na área da estrutura empresarial do Grupo. Quanto às receitas há várias sugestões, desde o fundamental aumento do número de sócios, até à complexa questão do negócio das apostas, passando por uma serie de ideias que me parecem pouco realistas ou mesmo inviáveis, mas nada de inovador numa altura de crise em que muito difícil inventar dinheiro.
No "Modelo estratégico para o Futebol" o vazio é quase total. Muitas sugestões relacionadas com a "bilhética". Bilhetes para isto, bilhetes para aqueles, bilhetes para trás, bilhetes para a frente, e as evidentes necessidades de se manter a aposta na formação, e uma politica de defesa da verdade desportiva, sem alianças com os rivais. De resto apenas saliento a recomendação que visa melhorar o processo de formação dos miúdos da Academia principalmente na vertente humana. Mas realmente fiquei bastante decepcionado, pois esta é uma área fundamental na vida do Clube e onde há muito trabalho por fazer, quer na Academia, quer no futebol profissional, mas sobre isso já escrevi na altura em que se realizou o Congresso.
Nos "Desafios do Ecletismo" temos o Pavilhão como era inevitável, e depois a reactivação das modalidades históricas, como o Basquetebol, o Voleibol, o Ciclismo e o Hóquei em Patins, sem esquecer a melhoria das condições para o Atletismo e a necessidade de uma Pista Coberta em Lisboa. No meio destes ambiciosos e seguramente onerosos projectos, uma ideia muito interessante: a criação de uma cota suplementar voluntária, inteiramente dirigida para as modalidades. Parece-me bem, se os sócios querem um Clube ecléctico cheguem-se à frente, e encostem a barriguinha ao balcão, que é como quem diz paguem a conta, de outra forma não estou a ver que as modalidades de alto rendimento gerem receitas suficientes para termos as equipas competitivas que os sócios pedem e o prestigio do Clube exige.
Finalmente a secção "Sócios e Adeptos", claramente a mais participada e onde foram aprovadas recomendações fundamentais no sentido da criação das assembleias referendária e leonina, e da remodelação do Conselho Leonino. Igualmente importantes parecem-me questões como o "Provedor do Sócio", uma maior diferenciação entre o sócio e o adepto, nomeadamente nos preços das "Gameboxes" e outras vantagens, a alteração do estatuto do sócio correspondente e a aproximação aos Núcleos. Muito interessantes são algumas sugestões na área da comunicação, principalmente as que se referem a um Portal do Sporting, efectivamente interactivo e dinâmico, com um site informativo, um fórum, uma wiki, uma TV on line, um museu e outras ideias no sentido de aproximar os sócios e adeptos do Clube e melhorar a comunicação entre ambos. Restam ainda outras ideias que me parecem viáveis ou pelo menos a estudar, como "O Dia do Leão", as junção das claques no mesmo sector, a recuperação de grande figuras do passado para difundir a cultura sportinguista, o Canal Sporting, a abertura de alguns treinos aos sócios, e varias sugestões sobre a funcionalidade do Estádio. Só não percebi o que faz nesta secção a recomendação que aponta no sentido da expansão das Academias Sporting, um caminho que já está em curso em Portugal e no estrangeiro e que poderá prosseguir depois de tiradas as devidas ilações das experiência realizadas.
Enfim no meio de várias opções que me parecem mais ou menos consensuais, acho que há aqui algumas ideias a aproveitar e outras a estudar melhor, mas acima de tudo julgo que estas recomendações devem ser um instrumento de trabalho a ter em conta pelos próximos candidatos à Presidência do Sporting Clube de Portugal, sendo que aqui faltou uma recomendação que na minha opinião é fundamental e vai no sentido de termos um Presidente, para não dizer um Conselho Directivo, a tempo inteiro, pois o Clube não pode continuar a ser dirigido nas horas vagas.
De resto mais tarde irei escrever sobre a única recomendação reprovada que conheço e que até causou alguma polémica, mas isso fica para outro dia.
Na secção "Modelo de sustentabilidade Financeira" foi aprovada a hipótese de alienação de parte do capital social da SAD que merece ser muito bem ponderada e esclarecida. De resto a racionalização dos custos e o aumento das receitas, são os caminhos óbvios apontados, sendo que no primeiro caso penso que se ainda há alguma coisa a fazer será na área da estrutura empresarial do Grupo. Quanto às receitas há várias sugestões, desde o fundamental aumento do número de sócios, até à complexa questão do negócio das apostas, passando por uma serie de ideias que me parecem pouco realistas ou mesmo inviáveis, mas nada de inovador numa altura de crise em que muito difícil inventar dinheiro.
No "Modelo estratégico para o Futebol" o vazio é quase total. Muitas sugestões relacionadas com a "bilhética". Bilhetes para isto, bilhetes para aqueles, bilhetes para trás, bilhetes para a frente, e as evidentes necessidades de se manter a aposta na formação, e uma politica de defesa da verdade desportiva, sem alianças com os rivais. De resto apenas saliento a recomendação que visa melhorar o processo de formação dos miúdos da Academia principalmente na vertente humana. Mas realmente fiquei bastante decepcionado, pois esta é uma área fundamental na vida do Clube e onde há muito trabalho por fazer, quer na Academia, quer no futebol profissional, mas sobre isso já escrevi na altura em que se realizou o Congresso.
Nos "Desafios do Ecletismo" temos o Pavilhão como era inevitável, e depois a reactivação das modalidades históricas, como o Basquetebol, o Voleibol, o Ciclismo e o Hóquei em Patins, sem esquecer a melhoria das condições para o Atletismo e a necessidade de uma Pista Coberta em Lisboa. No meio destes ambiciosos e seguramente onerosos projectos, uma ideia muito interessante: a criação de uma cota suplementar voluntária, inteiramente dirigida para as modalidades. Parece-me bem, se os sócios querem um Clube ecléctico cheguem-se à frente, e encostem a barriguinha ao balcão, que é como quem diz paguem a conta, de outra forma não estou a ver que as modalidades de alto rendimento gerem receitas suficientes para termos as equipas competitivas que os sócios pedem e o prestigio do Clube exige.
Finalmente a secção "Sócios e Adeptos", claramente a mais participada e onde foram aprovadas recomendações fundamentais no sentido da criação das assembleias referendária e leonina, e da remodelação do Conselho Leonino. Igualmente importantes parecem-me questões como o "Provedor do Sócio", uma maior diferenciação entre o sócio e o adepto, nomeadamente nos preços das "Gameboxes" e outras vantagens, a alteração do estatuto do sócio correspondente e a aproximação aos Núcleos. Muito interessantes são algumas sugestões na área da comunicação, principalmente as que se referem a um Portal do Sporting, efectivamente interactivo e dinâmico, com um site informativo, um fórum, uma wiki, uma TV on line, um museu e outras ideias no sentido de aproximar os sócios e adeptos do Clube e melhorar a comunicação entre ambos. Restam ainda outras ideias que me parecem viáveis ou pelo menos a estudar, como "O Dia do Leão", as junção das claques no mesmo sector, a recuperação de grande figuras do passado para difundir a cultura sportinguista, o Canal Sporting, a abertura de alguns treinos aos sócios, e varias sugestões sobre a funcionalidade do Estádio. Só não percebi o que faz nesta secção a recomendação que aponta no sentido da expansão das Academias Sporting, um caminho que já está em curso em Portugal e no estrangeiro e que poderá prosseguir depois de tiradas as devidas ilações das experiência realizadas.
Enfim no meio de várias opções que me parecem mais ou menos consensuais, acho que há aqui algumas ideias a aproveitar e outras a estudar melhor, mas acima de tudo julgo que estas recomendações devem ser um instrumento de trabalho a ter em conta pelos próximos candidatos à Presidência do Sporting Clube de Portugal, sendo que aqui faltou uma recomendação que na minha opinião é fundamental e vai no sentido de termos um Presidente, para não dizer um Conselho Directivo, a tempo inteiro, pois o Clube não pode continuar a ser dirigido nas horas vagas.
De resto mais tarde irei escrever sobre a única recomendação reprovada que conheço e que até causou alguma polémica, mas isso fica para outro dia.
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