Que grande roubalheira

Esta Final da Taça da Liga é a prova provada de como um árbitro pode adulterar completamente um resultado e até subverter toda a lógica desportiva de uma competição. De facto apesar do Sporting ter ganho o jogo por 1-0, foi o Benfica que levou a Taça, que afinal era mais importante do que eu julgava, isto atendendo à festa que se fez não só no Algarve, mas por todo o País, o que também não espanta ninguém, pois tudo o que se relaciona com o Benfica é ampliado de uma forma vergonhosa por uma imprensa subserviente e tendenciosa, apesar de eu já não me lembrar de uma vitória deste clube que não esteja manchada pelo lodaçal que se vive no futebol português.

Em contrapartida não me parece que esta derrota por penaltis possa ter os efeitos nefastos que se previam, e acho que pode ser até que a natural revolta que se apoderou de toda a nação leonina, sirva para unir os sportinguistas à volta da equipa, e leve a um agigantamento nesta ponta final da temporada, onde será necessário ganhar os oito jogos que faltam, mesmo que seja contra doze treze ou catorze.

Quanto ao jogo, foi equilibrado como se previa, embora com um ligeiro ascendente do Sporting que teve mais iniciativa, enquanto o Benfica procurou jogar no erro do adversário e esperar pelas bolas paradas. Sendo assim o golo de Pereirinha foi um prémio merecido para quem foi mais audaz.

O que me surpreendeu foi a falta de capacidade de reacção do Benfica, que mesmo empurrado pelo árbitro, pouco perigo criou junto à baliza de Tiago, até que o Baptista resolveu empatar inventando um penalti de uma forma escandalosa.

Mesmo com mais, um ou melhor com mais dois três ou quatro, o Benfica continuou a não ser capaz de criar oportunidades e daí ao penaltis foi um passo inevitável. O resto foi de costume, o Sporting não se dá com estas coisas, e mesmo que eles tenham falhado dois, nós conseguimos falhar três.

Quanto à arbitragem não foi preciso muito tempo para se compreender ao que vinham. Logo nos primeiros minutos Lucílio perdoou várias entradas duras aos jogadores do Benfica. É verdade que a seguir também poupou Rochemback, mas à segunda Pedro Silva não escapou ao amarelo que até aí tinha ficado no bolso do árbitro. Com tanta permissividade Derlei sentiu-se à vontade para distribuir encontrões desnecessários, na mesma medida que ia sofrendo cargas excessivas.

Mais à frente Reyes viu um amarelo quando deveria ter visto o vermelho, e bastou o Sporting marcar para que o campo inclinasse, foram livres atrás de livres até ao penalti final, que foi complementado com um amarelo de todo injustificado, até porque na 1ª parte por três vezes os jogadores do Benfica interceptaram passes com as mãos e nunca foram amarelados, se bem que depois de ver o cartão Pedro Silva deu uma barrigada ao "apitador" de serviço, que só por si valeria o cartão vermelho.

De resto foi o árbitro que marcou o penalti, mesmo sem ter visto bem, porque se tivesse visto não tinha marcado nada e nem sequer tinha consultado o fiscal de linha, que com Moutinho e Caneira junto dele, disse não ter visto nada, mas depois parece que surgiu uma terceira opinião a desfazer as dúvidas, e convinha realmente apurar se foi o quarto árbitro conforme Paulo Bento e Moutinho insinuaram, mas de uma forma ou de outra toda a gente percebeu que eles vinham com um objectivo claro que foi plenamente conseguido e que apesar da forma escandaloso como o atingiram tudo vai continuar como dantes.

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