Humilhante, patética, vergonhosa e ridícula são as palavras que definem a exibição do Sporting ontem em Munique, onde a equipa entrou cheia de medo do que viria acontecer na sequência de uma serie de erros individuais inadmissíveis, que deram origem a uma desorientação total e inexplicável.
A verdade é que esta é a terceira goleada de época, ou quarta se quisermos considerar o jogo com o Real Madrid, o que deve ser motivo de reflexão, até porque o Sporting de Paulo Bento é uma equipa geralmente segura defensivamente, e que nas duas anteriores participações na Liga dos Campeões, em oito jogos disputados frente aos adversários mais fortes, tinha ganho um, empatado dois e perdido os outros cinco, mas sempre pela margem mínima, deixando uma boa imagem.
O que se terá passado então agora para a equipa entrar em pânico sempre que defronta rivais mais poderosos? Essa é uma pergunta para a qual não tenho resposta. É verdade que em três desses jogos não jogaram alguns titulares, mas nos encontros com o Barcelona a prestação da equipa não foi muito diferente, pelo que poderemos estar perante questões do âmbito psicológico, e se calhar é nessa área que os responsáveis devem intervir. Mas essa será uma questão para mais tarde.
Neste momento o que interessa é recuperar a equipa animicamente para ganhar ao Rio Ave, num jogo onde não se espera nem se pode exigir uma recepção muito amigável da parte dos adeptos, pelo que terão de ser os jogadores a darem a resposta que agora mais do que nunca todos lhes exigem. A bola está na posse deles.
A verdade é que esta é a terceira goleada de época, ou quarta se quisermos considerar o jogo com o Real Madrid, o que deve ser motivo de reflexão, até porque o Sporting de Paulo Bento é uma equipa geralmente segura defensivamente, e que nas duas anteriores participações na Liga dos Campeões, em oito jogos disputados frente aos adversários mais fortes, tinha ganho um, empatado dois e perdido os outros cinco, mas sempre pela margem mínima, deixando uma boa imagem.
O que se terá passado então agora para a equipa entrar em pânico sempre que defronta rivais mais poderosos? Essa é uma pergunta para a qual não tenho resposta. É verdade que em três desses jogos não jogaram alguns titulares, mas nos encontros com o Barcelona a prestação da equipa não foi muito diferente, pelo que poderemos estar perante questões do âmbito psicológico, e se calhar é nessa área que os responsáveis devem intervir. Mas essa será uma questão para mais tarde.
Neste momento o que interessa é recuperar a equipa animicamente para ganhar ao Rio Ave, num jogo onde não se espera nem se pode exigir uma recepção muito amigável da parte dos adeptos, pelo que terão de ser os jogadores a darem a resposta que agora mais do que nunca todos lhes exigem. A bola está na posse deles.
««O que se terá passado então agora para a equipa entrar em pânico sempre que defronta rivais mais poderosos? Essa é uma pergunta para a qual não tenho resposta.»»
ResponderEliminarto-mane, eu continuo intrigado com a tua perspectiva das coisas e já te disse isto uma vez: quando a equipa consegue uma vitória a muito custo (ex: Shaktar Donetsk) não tens acanhamento nenhum em dizer que é uma vitória "à Bento" e "de Bento"; mas quando leva goleadas sucessivas...não vislumbras explicação para os desaires.
Não te parece haver aí um certo vício de raciocínio?
Três anos de estabilidade e proteccionismo ao treinador como nunca se viram, que, apesar das 2 Taças e 2 Supertaças, não evitaram um decréscimo na qualidade de jogo de ano para ano, que culminou em 3 goleadas históricas (4 se contarmos com o Real Madrid) não serão suficientemente reveladores de que não há nenhuma causa estranha e sobrenatural por trás dos desaires, mas sim a simples incompetência do treinador e de quem lhe continua a dar cobertura?
Abraço
Alguns treinadores gostam de se armar em valentões e dizem que são eles os responsáveis pelas derrotas, deixando os louros das vitórias para os jogadores, não me parece que deva ser assim.
ResponderEliminarAs vitórias tal como as derrotas, são de todos, embora os treinadores dada a sua condição de lideres estejam mais expostos e muitas vezes paguem facturas bem mais elevadas do que deviam, mas é sempre mais fácil despedir um do que despedir uma dúzia.
Efectivamente eu já me referi muitas vezes às vitórias "à Bento", mas não tanto às "de Bento" embora possa ter essa tentação quando o vejo ser atacado à toa.
Também não me parece que tenha havido um decréscimo de qualidade, pode não ter havido uma grande evolução mas decréscimo também não houve.
Numa temporada em que a equipa é reforçada, tanto que os custos dispararam, com alguns jogadores com experiência (Roca, Postiga e Caneira) e mantendo outros com maior conhecimento da realidade do Sporting (Vuk, Izma e Grimi), pode afirmar-se efectivamente que existe um decréscimo, desde logo porque a simples manutenção da qualidade anterior é em si um decréscimo, tendo mais valias superiores no plantel.
ResponderEliminarAo fim de quase 4 anos, creio que tecnicamente o trabalho de Paulo Bento deixa muito a desejar.
Essa parece-me uma leitura pouco correcta, em primeiro lugar porque dos três reforços referidos apenas o Rochemback é titular indiscutivel, portanto nem se pode dizer que o potencial da equipa subiu assim tanto.
ResponderEliminarPor outro lado parece-me que o rendimento da equipa subiu, melhorou-se na Liga dos Campeões, melhorou-se no campeonato.
Se me disserem que este é um tipo de futebol que não gostam, eu aceito. Mas pergunto se acham que há condições para fazer muito mais com este orçamento e com estes jogadores
Sendo ou não titulares indiscutíveis, tendo em conta a experiência acumulada nos melhores campeonatos, o facto de serem todos internacionais e o peso salarial correspondente (são os três dos jogadores mais bem pagos do plantel), não podes discutir que trouxeram mais qualidade à equipa, agora se estão a ser bem aproveitados é que já é outra estória.
ResponderEliminarEm relação à questão que colocas, digo claramente que sim, pode fazer-se bastante melhor com estes jogadores (continuo a achar que apesar de não se terem resolvido alguns problemas de equilíbrio o plantel está mais forte, é certamente o plantel mais forte desde 2002) e que o orçamento tem necessariamente que deixar de ser desculpa para tudo o que é falha.
Primeiro porque ainda nunca foi assumido pelos responsáveis que, devido à diferença de orçamento, o clube não era candidato (o título foi mesmo assumido como o objectivo principal para esta época).
Segundo porque, de acordo com algumas informações que não consegui ainda comprovar, existiu um aumento de cerca de 30% nas despesas com o plantel, o que aproximou o valor dos mais directos concorrentes e o colocou muito, mas mesmo muito acima dos clubes que nos estão a morder as canelas na classificação.
Embora estejamos a entrar em pormenores pouco importantes, convém dizer que se é verdade que os custos como futebol profissional aumentaram esta época, isso não significa que se tenham encurtado as distâncias em relação aos rivais directos, pois o FC Porto e principalmente o Benfica, fizeram investimentos muito superiores. De qualquer forma gastar muito não significa gastar bem, e acho correcto que o Sporting não gaste mais do que pode, e como tal também não exijo o impossível.
ResponderEliminarE só para dar um exemplo parece-me que o melhor reforço do Sporting esta época foi o Carriço, que não custou nada.
A verdade é que o Sporting de Paulo Bento não sendo uma equipa particularmente excitante ou espectacular, à excepção da época passada tem andado a discutir taco a taco com um FC Porto que dispõe de outros meios, dentro e fora do campo, e ao qual até ganhou umas tacinhas, ao mesmo tempo que tem superado o Benfica dos milhões e dos média, e na Europa também houve uma progressão, apesar deste descalabro ser uma mancha difícil de explicar.
Dizes que com estes meios é possível fazer melhor, admito que sim, e espero que isso se confirme já na próxima temporada, mas tenho muitas dúvidas.
Eu continuo a defender o Paulo Bento porque acho que a grande parte das críticas que lhe são dirigidas são injustas, excessivas, mal fundamentadas e muitas vezes até mal intencionadas.
Nestes jogos com o Bayern eu admito que digam que para jogar com equipas destas tem de ser na máxima força, acontece é que não estou a ver que o Sporting tenha capacidade para fazer três jogos numa semana com a mesma intensidade, frente a adversários como Benfica, Bayern e Porto, e se a prioridade é o campeonato, uma prioridade estabelecida principalmente porque os críticos dizem que as taças não chegam, o que interessa é a competição principal, então acho que ele fez o que tinha a fazer. Deu para o torto lixou-se, mas eu teria feito o mesmo pois prefiro levar cinco do Bayern e empatar no Dragão a perder por um com os alemães e a seguir dizer adeus ao titulo no Porto.
Já sei que o Manchester joga três vezes por semana o ano todo, mas a rotatividade é uma palavra de ordem para o Ferguson, só que este pode tirar o Rooney e meter o Tevez, descansar o Park e dar minutos ao Nani e por aí fora, que ninguém nota a diferença.
Quanto ao resto é realmente possível fazer melhor do que aquilo que foi feito em Munique, mesmo com este plantel, mas quando o jogador mais experiente da defesa resolve oferecer três golos de bandeja a uma equipa como o Bayern, e o guarda-redes dá não sei quantos frangos, qual é o treinador que resiste a uma coisa destas?
Só os de sofá como eu, que antes do jogo disse que se calhar quem descansava era o Polga, mas isto aqui no teclado é tudo uma maravilha, principalmente depois do jogo acabar, por isso é que eu não ganho nada em estar aqui a escrever, mas também não estou sujeito a ter de aturar insultos e outras coisas do género que não dignificam ninguém.
No entanto conforme eu escrevi um dia destes, com titulo ou sem título "estamos" quase livres do Paulo Bento, resta saber quem é o pobre desgraçado que se segue, que dificilmente terá capacidade para aguentar tanto como o Paulo tem aguentado
Queria apenas expressar aqui a minha total concordância com este último comentário do To-mané.
ResponderEliminarQuanto ao jogo com o Bayern, de facto não consigo compreender o que se passou, é que de facto parecia uma equipa dos distritais.
Julgo que um dos grandes responsáveis neste jogo foi o Polga, tal como tem sido em vários outros esta época. Não sei o que se passa com ele, depois de fazer duas épocas seguidas espectaculares, em que foi sempre o esteio da equipa, esta época tem tido demasiadas oscilações, parece que não anda bem psicológicamente. Neste momento até acho que a melhor dupla de centrais seria Carriço Tonel com Carriço a assumir as funções do Polga, isto é, do lado esquerdo e com a responsabilidade de sair a jogar. Acho que tem todas as condições para isso, e Tonel está a ser bastante mais eficiente que Polga. Não sei é se isso seria apropriado neste momento tão mau para o Polga... mas para o rendimento da equipa, penso mesmo que era.
Quanto ao Rui Patricio também teve um jogo para esquecer, logo agora que me parecia que ele estava numa curva (de declive acentuado) de crescendo de qualidade. Espero que ele ultrapasse isto depressa e volte seguir o seu percurso normal de ascenção.
Saudações Leoninas,
Atento_SCP
Estou de acordo com o Atento_SCP em relação a esta questão dos centrais, e por isso mesmo pensei que este jogo com o Bayern teria sido o ideal para experimentar a dupla Carriço/Tonel.
ResponderEliminarNo entanto agora compreendo que o Paulo Bento não tire o Polga, mas na primeira oportunidade acho que o deve fazer