Paulo Bento e Liedson com a ajuda de Olegário

Na única dúvida que havia em relação aos onzes para este derby Paulo Bento decidiu-se por colocar Pedro Silva no lado direito da defesa, e embora eu tivesse preferido Caneira, não posso deixar de reconhecer que o lateral brasileiro cumpriu e neste momento ganhou um lugar na equipa. 1-0 para treinador do Sporting.

Sem surpresas, as equipas encaixaram rapidamente uma na outra, fruto de um profundo conhecimento mútuo, valendo então a inspiração de Liedson, que com um remate fenomenal abriu o activo. O Benfica reagiu, subiu as suas linhas e começou a jogar mais perto da área do Sporting, que não conseguia sair a jogar, vendo-se forçado a abusar do futebol directo.

Para além disso Olegário começou a mostrar ao que vinha, o campo inclinou e Yebda esteve quase a marcar por duas vezes, até que Polga cometeu um duplo erro, que Suazo e o árbitro não perdoaram empatando o jogo.

O momento decisivo aconteceu em cima do intervalo, quando Olegário e seu fiscal de linha foram os únicos que não viram o corte de asa de Pereira, e se calhar foi aí que o Sporting começou a ganhar o jogo, porque se estivesse em vantagem, a postura da equipa teria sido naturalmente diferente na 2ª parte.

Não sei o que é que Paulo Bento disse aos jogadores no intervalo, mas a realidade é que eles perceberam a mensagem e demonstraram que estão com o técnico, não apenas em palavras, mas com uma grande entrega e um enorme querer dentro do campo. 2-0 para o treinador.

Derlei fez o 2-1 logo a abrir a 2ª parte, mas desta vez nem o Sporting abrandou, nem o Benfica foi capaz de reagir, e o 3-1 esteve várias vezes à beira de acontecer.

Chega então o momento dos treinadores entrarem em acção. Flores lança Di Maria para abrir a frente de ataque, tirando um médio mais defensivo. Bento aposta na velocidade de Pereirinha para aproveitar os espaços, e aos 82m o miúdo vulgariza aqueles dois "grandes" defesas que a imprensa portuguesa catalgou como enormes promessas do futebol mundial, deixando um para cada lado, antes de cruzar na perfeição para o Levezinho voltar a marcar. 3-0 para o treinador.

O golo de Cardoso nem devia fazer parte desta história, pois se o 3-1 já sabia a pouco, o 3-2 indicia um equilíbrio que não existiu dentro do campo, onde os nossos rapazes foram muito superiores às vedetas deles, superando mesmo os "artistas" do costume.

Agora venha o Bayern, mas o que interessa mesmo é ganhar no Porto. Essa vitória será meio caminho andado para o título.

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