Derrota pesada

Antes de mais nada devo dizer que concordo em absoluto com a opção de Paulo Bento no que diz respeito à rotatividade, e compreendo a sua intenção de dar mais experiência e centímetros à defesa, ou mesmo a ideia de colocar Romagoli para aparecer entre linhas, como agora se diz.

É claro que depois do jogo será fácil concluir que estas opções não resultaram e que jogadores como Abel, Tonel, Caneira e o já referido "pipi", estão com pouco ritmo de jogo, ou em má forma, e que os riscos foram excessivos, mas também me parece que com este ou outro onze qualquer, o mais certo era perdermos na mesma, e por isso foi melhor poupar alguns jogadores para o jogo do Dragão, porque esse é que é mesmo para ganhar, e espero que sábado à noite possa estar aqui a dar razão ao nosso treinador.

Quanto ao jogo de ontem, começou morno com as duas equipas pouco dispostas a arriscar, o Bayern porque não precisava, o Sporting porque não podia, e quando tudo apontava para que a 1ª parte terminasse com um quase inevitável nulo, que só tinha estado em perigo uma vez quando Lahm evitou um golo certo em cima da linha de baliza, eis que Derlei cometeu o erro que os alemães esperavam, e Ribery passou com uma facilidade imperdoável, no meio dos nossos centrais, fazendo o primeiro golo da noite.

O Sporting entrou para o 2º tempo um pouco mais afoito, criando algum perigo junto da baliza de Rensing e foi na sequência duma boa ocasião desperdiçada por Abel que os alemães saíram rápido para o contra-ataque que Klose concluiu em posição irregular, arrumando definitivamente a questão.

A ganhar por 2-0 o Bayern passou a jogar com toda a tranquilidade e grande à vontade, perante um Sporting abatido e sem capacidade de reacção, chegando a um pesado 5-0, que reflecte essencialmente a habitual eficácia das equipas alemães, em contraponto com o nosso tradicional fado.

Uma palavra para a arbitragem que também se curvou perante a grandeza dos alemães de uma forma visível em várias ocasiões, como por exemplo nas alturas escolhidas para interromper o jogo para prestar assistência a jogadores lesionados, ou no perdão do 2º amarelo a Van Bommel depois de uma falta igualzinha à que valeu a Tonel o cartão da ordem.

Enfim nada a que já não estejamos habituados, mas como é evidente não foi por aí que perdemos, embora com mais um jogador e uma desvantagem mínima, provavelmente ter-se-ia evitado a humilhação.

Agora não vale a pena chover no molhado e o discurso de Paulo Bento no fim do jogo é o caminho a seguir, mas disso falarei mais tarde.

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